Grupo A

Grupo A – Integrantes: Adriana Farias Feitosa, Ana Lúcia da Silva, Claudia Aparecida dos Santos, Cleidimar Maria de Paula, Edmara Magalhães Pereira, Eliana Soares Lisboa, Guilhemar Honorato Pereira, Ivana Maria Dias Tameirão Abrantes, Josyane Ferreira Leite, Lilian de Souza e Castro, Marilene Oliveira Pereira, Rejanne Guimarães Sampaio, Sueli Gonçalves da Silva.

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quarta-feira, 9 de junho de 2010

APRESENTAÇÃO

“O mundo estava repleto de uma tecnologia revolucionária em avanço constante, baseada em triunfos da ciência natural previsíveis em 1914 e cuja conseqüência política mais impressionante talvez fosse a revolução nos transportes e nas comunicações, que praticamente anulou o tempo e a distância. Era um mundo que podia levar a cada residência, todos os dias, a qualquer hora, mais informação e diversão do que dispunham os imperadores em 1914. Ele dava condições às pessoas de se falarem entre si cruzando oceanos e continentes ao toque de alguns botões e, para quase todas as questões práticas, abolia as vantagens culturais da cidade sobre o campo.Porque, então, o século termina não com uma comemoração desse progresso inigualado e maravilhoso, mas num estado de inquietação?”(Eric Hobsbawn)
   
    O que Hobsbawn constata ao analisar o século XX corrobora com as conclusões de Edgar Morin de que “as crenças do passado em sua maioria contém erros e ilusões”. Assim, o educador necessita estar atento às cegueiras do conhecimento, à questão da identidade e da condição humana para contribuir na construção de um conhecimento pertinente. Mas existe um caminho a ser seguido para se chegar a esse conhecimento? Essa é uma busca, sobretudo da Pedagogia Contemporânea. Para Delors, “à educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar através dele.” E para tal, indica os pilares sobre os quais a educação deverá estruturar-se: “aprender a conhecer, a ser, a fazer e a viver juntos”. De encontro com esses pilares, Morin aponta os sete saberes necessários à educação do futuro.
    Como elaborar uma arquitetura pedagógica, baseada numa ação didática que torne esta intenção realidade é a proposta deste seminário.
    Vale ressaltar que há, hoje, uma exigência de nova aliança entre os diversos saberes, usando uma expressão de Ilya Prigogine, “para um novo salto de patamar em nosso conhecimento e, sobretudo em nossa forma de conhecimento e de aprendizagem de conhecimentos. Partindo da multidisciplinaridade, mas esforçando-se para chegar a uma verdadeira transdiciplinaridade (...) para dar conta da complexidade não só da realidade, mas de nossos conhecimentos da realidade (...).”
    É preciso tomar consciência de que o modo humano de conhecer é interpretar e de que na interpretação jogam elementos diversos, de acordo com Morin, temos percepções, reconstruções, traduções da realidade. Assim, “a interdisciplinaridade que se coloca nessa perspectiva, é tarefa de sempre. Tenta encontrar unidades provisórias de compreensão entre as disciplinas, sabendo que, em seguida, surgem outras divergências.” (Escrever o nome do autor)
    É sabido desde a antiguidade que o homem é um animal que faz utopias. Nós ansiamos por aquilo que ainda não existe. Tecemos sonhos que geralmente não deixam de produzir resultados. Muitos destes sonhos têm criado asas e voado. O homem sempre busca pintar alguma tela, que se no presente não possui significado completo, no futuro poderá servir de meta e modelo para nosso movimento e comportamento. (DURANT, 2001). (inserir as aspas)
    Na atualidade as ciências humanas e sociais, definem o momento da humanidade como momento de transição do velho paradigma com bases no iluminismo e nos moldes da racionalidade científica para um novo paradigma baseado numa visão holística. Este paradigma concebe o mundo como um todo, e não como uma coleção de partes dissociadas. Ou, ainda, visão ecológica, num sentido muito mais amplo e mais profundo que o usual. A percepção ecológica profunda reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos. Para Capra, estamos todos encaixados nos processos cíclicos da natureza. (CAPRA, 2006)
    Para responder à esses novos desafios, Morin aponta que é necessário “assinalar novos objetivos à educação e, mudar a idéia que se tem da sua utilidade”.

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